fonte: bbc.co.uk
É muito tempo. É uma quase uma vida inteira. A ferida não está tão fresca. Mas tornou-se mais amarga. A saudade seca-nos por dentro. Treinei-me a não parar para pensar, dói menos no dia-a-dia. Mas torna a dor mais profunda. E quando esta nos apanha em falso, ruímos como nos primeiros dias.
É tramado, muito tramado.
E quando vemos quem mais amamos passar pelo mesmo processo, a dor duplica. E olhamos com desânimo para tudo. Porque sabemos que vamos aprender a viver com a perda, mas não saímos inteiros dessa aprendizagem. E não se pode fazer mais por ninguém.
Reparo agora que escrevi este post no plural quando falo de mim. Acho que é por saber que não sou a única assim. E sinto-me menos órfã.