segunda-feira, janeiro 04, 2010
Avatar
Não percebo as pessoas que me dizem que a estória do filme não tem nada de especial. Que é muito previsível. E que o filme vale pelos efeitos, sim, mas estavam à espera de mais.
Mais o quê, exactamente? Podem explicar?
Avatar cumpre tudo aquilo a que se propõe, tanto a nível de argumento como de construção. O argumento é riquíssimo, vão-se lixar! Está ao nível de O Senhor dos Anéis: mundos, línguas, todos os preciosismos pensados de raíz, nada é deixado ao acaso. Mas porque o James Cameron não é professor de linguística, não vamos reconhecer o argumento como bom para este filme?
A mensagem do fime fez-me lembrar o despertar de consciência ecológica conseguido com o Princess Mononoke. Repetitivo? E Copenhaga? Este filme vem na altura certa. A Humanidade é tacanha, precisa de filmes como o Avatar como um balde de água fria para acordarem para a realidade. "ah mas esta estória é parecida com as de outros filmes"; não são as guerras em que o mundo se mete parecidas? E não as continua a fazer?
E os efeitos? Sim, o Matrix tornou-se vintage. Um deslumbre absoluto desde a primeira incursão no mundo dos Na'vi, que só abandona o público quando se acendem as luzes da sala de cinema.
Tal como a personagem Jack Sully, é com um suspiro de pesar que retiramos os óculos 3D e quebramos a ligação àquele mundo. Fica a marca dos óculos no nariz (sempre são 3 horas!), e a vontade de ver o filme outra vez - até fazer crosta :P
(obrigada Medeia Card!!)
2 comentários:
Enquanto filme, este resulta tal como um senhor dos anéis. E o melhor de tudo é que já estão a preparar um novo filme passado de novo em Pandora, mas agora centrado no planeta, nos vários clãs e em tudo o que ficou por explorar.
Já a nível literário, a obra de Tolkien é única e inimitável. O homem criou mesmo as línguas dos vários povos da terra média - claro que em três horas isso não se nota.
De facto, este é um filme que dá vontade de rever e de rever e de rever.
Boa! E bom 2010.
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