quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Love of my life
Margarida Pinto canta que há palavras que nos beijam. Pois eu digo que há cidades que respiram, que envolvem, que atraem de uma maneira inexplicável.
Faz hoje 14 anos que conheci um amor da minha vida.
E fiquei inexoravelmente ligada para sempre a Londres.
Como se fosse possível unir um ser humano a uma cidade até não conseguir diferenciar um do outro. Ou se fosse possível humanizar uma cidade e aproximá-la da essência humana.
Nos momentos tristes, a lembrança traz-me conforto e consola-me. Nos momentos alegres, representa o bulício próprio da felicidade.
Nos momentos de loucura e desespero, quando tudo já não importa, e só queremos desaparecer, serve-nos de teste: “Quando alguém está cansado de Londres, está cansado da vida”(Samuel Pepys); e então descobrimos que não, e surgem algumas forças para continuar o dia a dia.
Ficam snapshots de elementos identificadores dessa cidade, embora aquilo que nos faz gostar e lembrar Londres não seja possível captar numa fotografia.
Fotos que despertam saudades a quem lá foi, aguçam o apetite de quem lá irá, e fazem sorrir o coração de quem nunca de lá sai.
Como eu.
3 comentários:
Eu fui a Londres, mas desconfio que não conheço Londres. Vi a Londres de Camdem Market e pouco mais. Sem trânsito louco, sem engarrafamentos. Com charme de uma casa acolhedora, sim. Onde apetece voltar e que dá vontade de conhecer mais. Talvez seja essa a razão dessa paixão...
Ai Suz, faço tuas as minhas palavras. Esta cidade tem qlq coisa inexplicável, que nos suga completamente e só nos apetece lá voltar... Um dia... Ficam as boas memórias.
É curioso, quando lá estive senti algo do género "parece que nasci para viver aqui".
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